Em relação à média global de setembro de 2023 a agosto de 2024, foi observado um aumento significativo de 0,76 °C em comparação com o período de referência, e um impressionante 1,64 °C acima da média pré-industrial de 1850 a 1900. Esses números alarmantes mostram a rápida aceleração do aquecimento do planeta e a urgência de medidas para conter as emissões de gases de efeito estufa.
Além disso, a temperatura média da superfície do mar em agosto de 2024 foi de 20,91°C, próxima às zonas Temperadas e Intertropical, a aproximadamente 10 metros de profundidade. Esse valor é o segundo mais alto já registrado para o mês, ficando apenas 0,07°C abaixo do registrado em agosto de 2023. Essa tendência de aumento das temperaturas oceânicas também é um alerta para os impactos do aquecimento global nos ecossistemas marinhos.
Segundo a diretora adjunta do Copernicus Climate Change Service, Samantha Burgess, a sequência de recordes de temperatura torna mais provável que 2024 seja o ano mais quente já registrado, com eventos extremos se intensificando e consequências mais devastadoras para o planeta e a humanidade. Medidas urgentes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa são necessárias para mitigar esses efeitos.
No âmbito da análise hidrológica, o Copernicus constatou que agosto foi mais seco do que a média em grande parte da América do Sul, contribuindo para a ocorrência de incêndios florestais no Brasil. Esses eventos climáticos extremos destacam a importância de acompanhar de perto as mudanças no clima e adotar estratégias de adaptação e mitigação.
Financiado pela União Europeia, o Copernicus é um programa crucial de observação da Terra que utiliza diversas fontes de dados para monitorar as alterações climáticas. Com a coordenação da Comissão Europeia e parcerias com Estados-Membros e outras organizações, o programa desempenha um papel fundamental na compreensão e enfrentamento dos desafios relacionados ao clima e ao meio ambiente.
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