Segundo o relatório preliminar divulgado pelo Cenipa, os investigadores identificaram que os tripulantes da aeronave discutiram sobre uma falha no sistema de proteção contra formação de gelo nas asas, conhecido como “de-icing”. A análise dos dados do gravador de voz da cabine revelou que o sistema “airframe de-icing” foi ligado e desligado diversas vezes durante o voo.
Durante o período do acidente, as condições meteorológicas apresentavam umidade elevada combinada com temperatura do ar abaixo de 0°C, favorecendo a formação de gelo nas aeronaves. No entanto, mesmo diante dessas condições adversas, a tripulação não declarou emergência e não relatou problemas às autoridades de controle aéreo.
A investigação do Cenipa se concentrará em três principais áreas: fator humano, fator material e fator operacional. O objetivo é analisar o desempenho da tripulação, a condição de aeronavegabilidade e os elementos do ambiente operacional que podem ter contribuído para o acidente.
O brigadeiro do ar Marcelo Moreno, chefe do Cenipa, afirmou que o relatório preliminar poderá ser atualizado à medida que novos dados forem obtidos. A equipe de investigação trabalha para apresentar o relatório final no menor prazo possível, levando em consideração a complexidade do caso.
O voo da Voepass, que partiu de Cascavel (PR) com destino ao Aeroporto de Guarulhos, transcorreu normalmente até perder contato com o controle de aproximação de São Paulo. A colisão com o solo ocorreu minutos depois, evidenciando a gravidade da situação.
É importante ressaltar que as investigações do Cenipa visam identificar possíveis fatores contribuintes para o acidente, não atribuindo culpa ou responsabilização. O foco está em elucidar questões técnicas relacionadas à ocorrência aeronáutica, visando melhorar a segurança no setor da aviação.
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