PSD e União Brasil discutem possível aliança para sucessão de Arthur Lira na presidência da Câmara em encontro com Kassab




Reunião entre líderes partidários para possível aliança na sucessão de Arthur Lira

Reunião entre líderes partidários para possível aliança na sucessão de Arthur Lira

No dia 4 de agosto, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, se reuniu com o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), em São Paulo, para discutir uma possível aliança visando a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados.

Essa movimentação ocorre após o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), abrir mão de sua candidatura e lançar o líder de seu partido, Hugo Motta (PB), como concorrente. Motta, conhecido por sua habilidade em transitar entre os parlamentares e com apoio de figuras influentes do centrão, como Ciro Nogueira (PP-PI), surge como uma opção de consenso que poderia receber o apoio de Lira.

Fontes próximas a Elmar Nascimento afirmam que o parlamentar está desapontado com Lira, que havia indicado apoio a Nascimento anteriormente. A relação de amizade entre os dois políticos também pode ser afetada caso Lira endosse a candidatura de Hugo Motta.

Atualmente, são candidatos à presidência da Câmara Elmar Nascimento, Hugo Motta, Antonio Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL). Com a entrada de Motta na disputa, nenhum dos outros três demonstrou intenção de desistir.

O encontro entre Elmar e Kassab contou com a presença do presidente da União Brasil, Antonio Rueda. Segundo relatos, a ideia é manter as candidaturas e buscar uma convergência mais adiante, talvez em um eventual segundo turno da disputa. Além disso, os partidos envolvidos trabalharão para atrair o apoio de outras legendas, como MDB, PSB, PDT, PSDB-Cidadania, Avante e PRD.

A possibilidade de uma aliança entre MDB, União Brasil e PSD pressionaria o governo federal a apoiar a candidatura que represente esse bloco, uma vez que as três siglas somam 147 deputados e reúnem nove ministros na Esplanada. No entanto, a intenção de Lira em construir uma candidatura de consenso que agrade tanto ao PL (partido do ex-presidente Jair Bolsonaro) quanto ao PT (maiores bancadas da Casa) pode ser prejudicada por esses movimentos políticos.

Diante dessas negociações e possíveis alianças, a sucessão de Arthur Lira na presidência da Câmara dos Deputados se torna cada vez mais complexa e estratégica.


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