Os números são preocupantes: desde terça-feira, 2.176 hectares da Flona foram afetados, o que equivale a quase 40% de toda a área federal protegida. Localizada na cidade de Taguatinga, a Flona permanece fechada para visitação pública enquanto as equipes do ICMBio atuam no resfriamento de pontos quentes e no resgate de espécies da fauna.
A operação, denominada Flona Viva, é coordenada pelo ICMBio e conta com 150 pessoas trabalhando no monitoramento da área do bioma Cerrado para evitar novos incêndios. Além disso, uma aeronave e 35 viaturas estão dando suporte à força-tarefa.
As investigações sobre as causas do incêndio estão a cargo da Polícia Federal (PF), que já abriu um inquérito para apurar o caso. O ICMBio suspeita que o incêndio tenha sido criminoso, já que três pessoas foram vistas no local, possivelmente envolvidas com o início do fogo.
Os trabalhos de resgate de fauna na Floresta Nacional de Brasília também continuaram nesta quinta-feira, com equipes distribuindo alimentos e água para os animais afetados pelo incêndio. Até o momento, uma jararaca e um rato silvestre já foram resgatados e estão recebendo os cuidados necessários.
Em 2022, a Flona registrou 2.579 hectares queimados, enquanto em 2023 foram 260 hectares afetados. Este ano, a unidade realizou diversas atividades preventivas para proteger a área do fogo, como a criação de aceiros e queimadas controladas.
A população pode colaborar com a Brigada Florestal, denunciando possíveis incendiários através de um número de telefone ou WhatsApp disponibilizado pelo ICMBio. Com aproximadamente 5,6 mil hectares, a Floresta Nacional de Brasília completa 25 anos de fundação em junho, contribuindo para a preservação das nascentes e abastecimento de água do Distrito Federal, além de abrigar diversas espécies da fauna nacional.
-
-
-
-
