O empresário disse à polícia que não sabia que ela tinha 16 anos. No dia em que se conheceram, ela teria mostrado uma cédula de identidade com a data de nascimento adulterada, para provar que tinha mais de 18 anos. Após o encontro, ele confirmou que transferiu uma quantia em dinheiro para ela, mas não revelou o valor.
Na versão dele, os dois só teriam tido contato novamente sete meses após o primeiro encontro, quando ela lhe pediu um emprego. Ele explicou que aceitou analisar o currículo dela e pediu que fosse até sua empresa, localizada em São José do Rio Preto.
O suspeito contou que ele e outro funcionário teriam trocado beijos com a adolescente dentro da empresa. Gleison explicou que Giovana estava no local, no dia 21 de dezembro de 2023, porque havia pedido uma vaga de emprego. A vítima e o empresário, segundo ele, se conheceram em um aplicativo de relacionamento 15 meses antes de ela morrer.
Gleison detalhou que consumiu cocaína naquele dia e teria dito a Giovana que não a contrataria. Conforme o depoimento, em determinado momento, o empresário saiu da sala onde estavam para pegar uma cerveja e deixou um frasco contendo cocaína no local.
Segundo ele, a adolescente usou o entorpecente sem permissão dele, e passou mal. Um outro funcionário o teria alertado de que a menina não estava bem. “Ela resolveu cheirar a cocaína e pode ter feito isso de forma exagerada, que resultou em uma convulsão aparentemente”, diz trecho do depoimento à polícia.
Gleison afirmou que percebeu que ela havia morrido e entrou em “pânico completo”. Ele revelou que dois funcionários presenciaram tudo. Com o auxílio de um deles, colocou o corpo da jovem em sua caminhonete e saiu “dirigindo desnorteado”. Inicialmente, ele pensou em jogá-lo em um rio de uma de suas propriedades, mas mudou de ideia com medo do corpo ser descoberto, e dirigiu até o sítio para enterrá-lo. O UOL procurou novamente a defesa de Gleison para saber se ele deseja se manifestar. O texto será atualizado assim que houver retorno.