Civis ucranianos são capturados, torturados e escravizados por russos em territórios ocupados, revela depoimento impactante de ex-prisioneira







Prisioneira ucraniana relata tortura e escravidão nas mãos dos russos

Prisioneira ucraniana relata tortura e escravidão nas mãos dos russos

A ucraniana Olena Iahupova, de 51 anos, viveu um verdadeiro inferno nas mãos das forças russas, mesmo sendo uma civil desarmada. Em março de 2022, sua cidade, Energodar, foi tomada pelos russos, e Olena foi capturada e mantida como prisioneira por mais de cinco meses, de outubro de 2022 a março de 2023.

Apesar de não pertencer a nenhum grupo armado, Olena foi acusada de colaborar com Kiev devido ao fato de seu marido ser membro das Forças Armadas. Durante seu tempo de cativeiro, ela foi submetida a torturas, incluindo trabalho forçado cavando trincheiras perto da linha de frente e até mesmo encenações para a agência de notícias russa Ria Novosti. Além disso, ela relatou ter sofrido violência sexual, sem entrar em detalhes.

O caso de Olena não é isolado. Relatórios das Nações Unidas indicam que quase mil civis ucranianos foram presos arbitrariamente pelos russos entre fevereiro de 2022 e julho de 2023, com muitos casos configurando desaparecimentos forçados. Ativistas de direitos humanos acreditam que o número real de vítimas pode chegar a 10 mil pessoas.

O testemunho de Olena revela um cenário de horror, onde ela foi obrigada a trabalhar sob condições desumanas, sem receber tratamento adequado. Após sua libertação, ela se dedica a ajudar outros sobreviventes e a buscar justiça para as atrocidades que testemunhou.

Para Olena, a possibilidade de um acordo de paz parece improvável diante da brutalidade que viveu. Sua determinação em buscar responsabilização para os crimes cometidos contra ela e outros prisioneiros reflete a luta por justiça e dignidade em meio ao caos da guerra.


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