Polêmica Reforma no Poder Judiciário do México é Aprovada pela Câmara dos Deputados
Na manhã desta quarta-feira (4), a Câmara dos Deputados do México aprovou uma polêmica reforma no Poder Judiciário que propõe a eleição popular de juízes. Com 359 votos a favor e 135 contra a medida, o projeto do presidente de esquerda Andrés Manuel López Obrador passou em uma primeira etapa do processo que busca incorporá-lo à Constituição do país.
A sessão foi transferida para um ginásio na Cidade do México após o bloqueio da sede do Legislativo por funcionários do Poder Judiciário em greve contra a reforma. A proposta, rejeitada pela oposição, tem gerado tensões com os Estados Unidos, que alertou para um possível risco à democracia mexicana.
Enfrentamento
O presidente López Obrador, com alta popularidade, acusou juízes e ministros de favorecer grupos criminosos e facilitar a corrupção. O principal alvo de suas críticas é a Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN), que, segundo ele, interferiu em reformas importantes para o país.
Os deputados governistas ecoaram a posição do presidente durante a discussão da reforma, destacando a importância da soberania nacional. O partido Morena e seus aliados têm maioria na Câmara, o que facilita a aprovação de reformas constitucionais.
Preocupação dos EUA
O embaixador americano no México, Ken Salazar, criticou a reforma e alertou para os possíveis danos nas relações bilaterais. O Canadá também expressou preocupações sobre a segurança jurídica dos investimentos no país.
O presidente eleito, aliado de López Obrador, defendeu a reforma e afirmou que ela não afetará as relações comerciais nem os investimentos no México. A presidente eleita, Claudia Sheinbaum, repudiou as críticas à iniciativa, enfatizando a busca por um Estado de Direito mais amplo e democrático.
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