Distritos policiais da periferia de SP registram mais roubos do que furtos nos primeiros sete meses do ano.






Registro de Roubos nos Distritos Policiais de São Paulo

Registro de Roubos nos Distritos Policiais de São Paulo

No primeiro semestre deste ano, os distritos policiais localizados nas periferias das zonas leste e sul de São Paulo apresentaram um cenário diferente em termos de registros criminais. Dados revelam que houve mais queixas de roubos do que de furtos, uma dinâmica peculiar em comparação com o restante do estado e com a própria capital.

O roubo, caracterizado pelo uso de armas ou violência, superou o número de furtos em algumas delegacias. Por exemplo, o 47° DP (Capão Redondo) registrou 2.501 roubos e 1.734 furtos, enquanto o 37° DP (Campo Limpo), também na zona sul, contabilizou 2.218 roubos e 2.046 furtos.

Nas áreas da zona leste, como o 44° DP (Guaianases), os números também apontam uma tendência semelhante, com 1.097 roubos e 917 furtos registrados no período analisado.

No estado de São Paulo como um todo, os registros foram de 321.084 furtos e 117.191 roubos, enquanto na capital foram 139.129 furtos e 69.408 roubos. Estes dados são fornecidos pela Secretaria da Segurança Pública.

Analisando o contexto das delegacias mencionadas, Rafael Alcadipani, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, sugere que a inversão nos casos pode estar relacionada à falta de confiança nas ações policiais nessas regiões, o que leva a uma subnotificação dos crimes não violentos.

Já Rafael Rocha, coordenador de projetos do Instituto Sou da Paz, levanta a hipótese de que o aumento do efetivo policial no centro da cidade acabou por deixar as áreas periféricas mais vulneráveis. Ele ressalta a importância de melhorias na zeladoria dos bairros e critica a eficácia do policiamento nas periferias.

A Secretaria da Segurança Pública destacou que cada distrito policial possui especificidades que influenciam os indicadores criminais, e ressaltou o comprometimento em implementar políticas públicas e reorientar as atividades policiais para lidar com essas questões.

Por fim, a gestão estadual afirmou que houve uma redução nos índices de roubos e furtos em comparação com o ano anterior, com foco no policiamento preventivo e estratégico em áreas de maior incidência criminal.

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