PIB do Brasil cresce 1,4% no segundo trimestre de 2024 impulsionado pela indústria e serviços, revela IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (03), os dados do Produto Interno Bruto (PIB) que revelam um crescimento de 1,4% no segundo trimestre deste ano em comparação ao trimestre anterior. Esse resultado positivo reflete o desempenho da economia brasileira entre abril e junho de 2024, destacando-se o setor da indústria, que teve um crescimento de 1,8%, seguido pelos serviços, com alta de 1%.

A agropecuária, por outro lado, apresentou um recuo de 2,3% em comparação ao primeiro trimestre e de 2,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com isso, o PIB totalizou R$ 2,9 trilhões neste ano, sendo R$ 2,5 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 387,6 bilhões aos impostos sobre produtos. Além disso, a taxa de investimento no segundo trimestre chegou a 16,8% do PIB, superando os 16,4% verificados em 2023.

O destaque na indústria foi para os setores de eletricidade, gás, água, esgoto, gestão de resíduos, construção e indústrias de transformação, que impulsionaram o crescimento. No setor de serviços, as áreas de atividades financeiras, informática, comércio e transporte também registraram resultados positivos.

No âmbito externo, as exportações de bens e serviços aumentaram 1,4%, enquanto as importações cresceram 7,6%, indicando uma movimentação no comércio internacional. A Formação Bruta de Capital Fixo teve um avanço de 5,7% no segundo trimestre, refletindo o crescimento da produção doméstica e importação de bens de capital.

Os economistas analisaram esses dados com otimismo, destacando que o desempenho superou as expectativas do mercado. Felipe Queiroz, economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados, ressaltou a recuperação significativa da indústria e do setor de serviços, enquanto Carlos Lopes, economista do banco BV, mencionou a contribuição da demanda doméstica para o crescimento.

No entanto, há preocupações em relação à possível alta da Taxa Selic, que pode impactar a atividade econômica no último trimestre do ano. Apesar disso, a perspectiva é positiva para os próximos meses, com expectativa de crescimento nos investimentos e no consumo, impulsionados pelo aumento da mão de obra com carteira assinada.

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