Buraco do Faim: passagem subterrânea histórica de Bangu representa risco para pedestres

A passagem subterrânea conhecida como Buraco do Faim, localizada em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, encontra-se em estado deplorável, colocando em risco os pedestres que utilizam o local. A falta de manutenção por parte do município ao longo dos anos tem levado à deterioração da estrutura, com partes da mesma se desprendendo dos trilhos dos trens e das pedras da linha ferroviária, representando um perigo iminente para quem passa por ali.

O Buraco do Faim é a principal passagem subterrânea da região sob a linha férrea do Ramal de Santa Cruz, conectando os dois lados do bairro de Bangu. Com mais de 140 anos de história, a construção foi inaugurada em 1881, marcando a chegada da ferrovia ao bairro. A passagem é utilizada diariamente por mais de 20 mil pedestres, sendo uma rota essencial para a mobilidade na região.

No entanto, apesar da importância histórica e funcional do Buraco do Faim, a falta de cuidado e investimento na sua conservação tem sido evidente. O local está sujo, com ferragens enferrujadas, obstruções causadas por ambulantes e invasões frequentes por motociclistas. Além disso, a iluminação precária durante a noite e problemas de drenagem em dias chuvosos agravam a situação, tornando a travessia ainda mais perigosa.

O vereador Zico apresentou um projeto de lei em 2023 para propor a declaração do Buraco do Faim como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Município do Rio de Janeiro, ressaltando a importância do local para a história da região.

Diante dos graves riscos para a segurança dos pedestres e da necessidade urgente de revitalização do espaço, é fundamental que as autoridades competentes intervenham para garantir a preservação do Buraco do Faim e a segurança de quem precisa utilizar essa passagem subterrânea histórica.