Martin Winterkorn comparece ao tribunal no primeiro dia do julgamento do escândalo do dieselgate, enfrentando acusações de fraude e manipulação.







Julgamento do ex-presidente da Volkswagen

O ex-presidente da Volkswagen comparece ao tribunal

No primeiro dia de julgamento da acusação de fraude no escândalo do dieselgate, Martin Winterkorn, ex-presidente-executivo da Volkswagen, compareceu ao tribunal nesta terça-feira (3). A descoberta de que a montadora alemã alterou testes de emissões de gases poluentes completa nove anos, e Winterkorn se tornou uma figura central nesse escândalo, o maior da história da empresa.

Winterkorn, que foi afastado do comando da empresa em 2015 após a revelação de que milhões de carros da Volkswagen foram manipulados para passar nos padrões ambientais, enfrenta acusações criminais que incluem fraude, manipulação de mercado e falso testemunho ilegal perante um comitê parlamentar. Ele também é acusado de não informar ao mercado de capitais sobre a manipulação dos motores a diesel em tempo hábil.

Apesar de seu advogado ter negado as acusações, Winterkorn, de 77 anos, enfrenta um julgamento que pode resultar em multa ou pena privativa de liberdade. Seu estado de saúde tem causado atrasos no início do julgamento, que acontece em um momento de incerteza para a Volkswagen, que busca economias bilionárias em sua marca principal.

Essa não é a primeira vez que Winterkorn enfrenta questionamentos sobre seu envolvimento no escândalo. Em depoimentos anteriores, ele negou participação nas decisões de instalar dispositivos manipuladores nos veículos. Agora, diante do tribunal em Braunschweig, o ex-presidente-executivo terá que enfrentar as acusações e provar sua inocência.

O julgamento de Martin Winterkorn acontece em meio a um cenário de pressão sobre a Volkswagen e suas unidades alemãs, gerando expectativas sobre o desfecho do caso e suas consequências para a maior montadora de automóveis da Europa.


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