Jerusa Geber, que já tinha duas medalhas de prata e dois bronzes em suas participações em Pequim 2008, Londres 2012 e Tóquio 2020, subiu pela primeira vez ao lugar mais alto do pódio no megaevento paralímpico. Já Lorena Spoladore conquistou sua terceira medalha paralímpica, com um histórico de uma prata no revezamento 4x100m e um bronze no salto em distância, ambos obtidos nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016.
Na semifinal da prova, Jerusa quebrou o recorde mundial com um tempo de 11s80, superando sua própria marca anterior de 11s83. Ela se juntou a um seleto grupo de apenas quatro velocistas cegas na história que conseguiram correr os 100m em menos de 12s.
A trajetória de Jerusa Geber no esporte paralímpico é marcada por superações e conquistas. Nascida totalmente cega, Jerusa passou por cirurgias ao longo da vida, que resultaram em breves períodos de visão. No entanto, aos 18 anos, ela perdeu completamente a visão mais uma vez. O esporte entrou na vida de Jerusa aos 19 anos, por meio de um convite de um amigo deficiente visual.
Já Lorena Spoladore, paulista que perdeu gradativamente a visão devido a um glaucoma congênito, mudou-se para Goiânia em busca de tratamento. Aos 4 anos, ela já tinha 95% da visão comprometida, e aos 6 anos, ficou totalmente cega.
Com performances consistentes e recordes quebrados, Jerusa Geber se consolida como uma das principais velocistas da classe T11, deixando sua marca na história do esporte paralímpico.