Protestos contra Netanyahu tiram iniciativa política do premiê de Israel, colocando-o em xeque diante da sociedade e do Hamas.



Protestos em Israel enfraquecem governo de Netanyahu

Protestos em Israel enfraquecem governo de Netanyahu

Os maiores protestos em quase um ano e meio contra o governo de Binyamin Netanyahu estão tirando a iniciativa política do premiê de Israel. Desde que arriscou uma guerra regional contra o Irã, Netanyahu vinha com uma certa folga, mas agora se vê pressionado pela sociedade civil.

A greve geral promovida pela central sindical Histadrut, semelhante à de março de 2023, demonstra a força do descontentamento popular. A tentativa de domar o Judiciário no passado gerou reações intensas nas ruas, levando Netanyahu a recuar.

Agora, a descoberta dos corpos dos reféns em Rafah intensificou os protestos, com milhares indo às ruas em Tel Aviv e outras cidades. A pressão está alta para que Netanyahu repense suas estratégias em relação ao Hamas e à situação delicada na região.

Apesar dos desafios, com grupos de porta-aviões americanos na região e aliados ao lado de Israel, a retaliação iraniana ainda não ocorreu. Netanyahu, forte entre suas bases religiosas e de extrema direita, mantém sua posição firme em relação ao conflito.

Enquanto Netanyahu busca manter seu controle sobre o poder com o apoio de sua base, o Hamas também está dividido quanto à possibilidade de um acordo. As lideranças do grupo terrorista têm interesses divergentes, o que complica as negociações e a busca por um cessar-fogo.

Com a ascensão de Kamala Harris como uma possível adversária de Donald Trump, aliado de Netanyahu, o cenário político internacional pode se tornar ainda mais desafiador para o premiê israelense. A pressão por uma resolução pacífica do conflito tende a aumentar, dificultando a posição de Netanyahu diante dos protestos em seu país.

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