A maior fatia dos recursos, equivalente a R$ 132,2 bilhões (91,87%), será destinada a despesas obrigatórias, com destaque para os gastos com a Previdência Social, que totalizam R$ 71,1 bilhões. Em segundo lugar, estão os gastos com pessoal, que apresentam um aumento de R$ 36,5 bilhões, seguido pelas despesas obrigatórias com controle de fluxo, que englobam programas sociais e os pisos da saúde e educação, com alta de R$ 11,3 bilhões.
Segundo o secretário substituto de Orçamento Federal, Clayton Montes, o espaço para gastos discricionários está reduzido e a prioridade é otimizar a distribuição dos recursos disponíveis. Além dos investimentos, os gastos não obrigatórios também englobam despesas com a manutenção dos serviços públicos, como contas de luz, água, internet e materiais de escritório e limpeza para os órgãos federais.
Outros programas que terão aumento nos gastos obrigatórios são o Benefício de Prestação Continuada (BPC), com R$ 6,6 bilhões, e o abono e seguro-desemprego, com R$ 6,5 bilhões. O governo também anunciou medidas para reduzir os gastos com o Bolsa Família e BPC, através da revisão de cadastros e combate a fraudes, com o objetivo de economizar R$ 6,4 bilhões.
Com as regras do arcabouço fiscal limitando o crescimento das despesas federais a 2,5% acima da inflação em 2025, o cenário para o orçamento do próximo ano apresenta desafios para conciliar as demandas por recursos com as restrições orçamentárias estabelecidas. A revisão de gastos e o controle rigoroso das despesas serão fundamentais para garantir a eficiência na utilização dos recursos públicos e o equilíbrio fiscal do país.