Hitler: O Líder Populista que Preparava a Alemanha para a Guerra
A maioria dos alemães, no entanto, via Hitler como o salvador até 1939. Para muitos, a ditadura trouxe uma melhora nas condições econômicas. O desemprego caiu, o consumo individual subiu. “Hitler era populista o suficiente para saber que tinha que, além de canhões, também tinha que oferecer manteiga”, diz Klaus Hesse.
Os canhões, entretanto, eram o verdadeiro objetivo. Enquanto o mundo se apresentava nos Jogos Olímpicos de Berlim, Hitler consolidava seus planos de guerra. Em quatro anos, as Forças Armadas deveriam estar operacionais para a guerra no leste.
O plano secreto de Hitler, escrito em seu Memorando sobre o plano de quatro anos: a Alemanha deveria ser autossuficiente no maior número possível de áreas e, assim, se isolar do mercado mundial para poder investir todos os recursos na indústria bélica. Não demorou muito para que metade de todos os gastos estatais fossem dedicados a esse setor.
Naquele mesmo ano, a Wehrmacht (Forças Armadas) ocupou a Renânia, que era desmilitarizada, cometendo uma clara violação do Tratado de Versalhes, ao qual Hitler vinha se opondo desde o início de seu governo. Em novembro de 1937, Hitler revelou em segredo seus planos aos mais graduados oficiais da Wehrmacht: a Alemanha precisava, segundo ele, de mais espaço “para a preservação da população e sua proliferação”.
Setembro 1938 – a guerra não é impedida, mas adiada
Em 1938, Hitler anexou seu país natal, a Áustria, no que ficou conhecido como Anschluss. Logo depois ameaçou invadir a Tchecoslováquia, alegando que a população de língua alemã que vivia nos Sudetos estava sendo vítima de discriminação.
A Sociedade Alemã sob a Era de Hitler
Durante a era de Hitler, a sociedade alemã foi marcada por um clima de otimismo e esperança, que se refletia na percepção do líder como o salvador da nação. O período entre 1933 e 1939 foi caracterizado por uma melhora nas condições econômicas, com a redução do desemprego e o aumento do consumo individual. Para muitos alemães, Hitler era visto como um líder populista capaz de proporcionar benefícios tangíveis à população, como a oferta de manteiga, além de canhões.
Entretanto, por trás da fachada populista, os verdadeiros objetivos de Hitler eram claros: preparar a Alemanha para a guerra. Enquanto o mundo se encantava com os Jogos Olímpicos de Berlim em 1936, o líder nazista consolidava seus planos de expansão militar. Em seu Memorando sobre o plano de quatro anos, Hitler delineou a estratégia de tornar a Alemanha autossuficiente em diversos setores para investir todos os recursos na indústria bélica, visando a preparação das Forças Armadas para o conflito iminente.
Notavelmente, em 1936, a Wehrmacht ocupou a Renânia, região desmilitarizada de acordo com o Tratado de Versalhes, violando abertamente as condições estabelecidas no pós-Primeira Guerra Mundial. Hitler, que desde o início de seu governo vinha se opondo ao tratado, revelou em segredo a seus oficiais de mais alto escalão a necessidade de expansão territorial para garantir a “preservação da população e sua proliferação”.
Em 1938, o líder nazista anexou a Áustria, no que ficou conhecido como Anschluss, e logo em seguida ameaçou invadir a Tchecoslováquia, alegando proteção aos alemães étnicos nos Sudetos. Assim, a Alemanha nazista seguia seu curso rumo à guerra, adiada, mas não impedida em setembro de 1938.