Para cumprir a meta de déficit zero em 2025, o governo federal precisará realizar um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias. A equipe econômica já está revisando os gastos com programas sociais, realizando um pente-fino em fraudes, erros e desperdícios.
Durante o evento Expert XP, em São Paulo, a ministra destacou que foram cortados quase R$ 12 bilhões do Bolsa Família nos anos de 2023 e 2024, sem prejudicar quem realmente precisa. Para o ano que vem, o presidente Lula autorizou o corte de R$ 25,9 bilhões, o que será suficiente para zerar o déficit fiscal em 2026.
Simone Tebet ressaltou que será necessário uma revisão mais estruturante nos gastos públicos, com a participação do Congresso Nacional e do Poder Executivo. A estratégia do Ministério do Planejamento e Orçamento é definir essa nova revisão no segundo semestre do ano que vem, visando o Orçamento de 2026.
A ministra enfatizou a importância da integração das políticas públicas e da modernização das vinculações. Ela também abordou a questão dos subsídios e gastos tributários, destacando a necessidade de avaliar se estão realmente atendendo ao interesse público.
Em relação aos subsídios tributários, Tebet mencionou a renúncia de receitas, os gastos financeiros e creditícios realizados pelo governo. O volume de renúncias fiscais e benefícios financeiros concedidos atingiu R$ 646 bilhões em 2023, o que levou o presidente Lula a expressar preocupação.
A ministra garantiu que os subsídios que estão trazendo resultados positivos serão mantidos, mas é fundamental analisar a efetividade de todos os subsídios concedidos. O objetivo é garantir que estejam gerando emprego, renda e movimentando a economia de forma eficaz.