Ministra do Planejamento defende modernização das políticas públicas para alcançar déficit zero em 2026, cortando R$ 25,9 bilhões em despesas.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, concedeu uma entrevista neste sábado (31) e destacou a necessidade de modernização das políticas públicas para que o governo consiga atingir o déficit fiscal zero até 2026. Segundo Tebet, medidas como a avaliação de coberturas e integração de programas sociais, modernização das vinculações de benefícios e a análise da efetividade dos subsídios e gastos tributários são essenciais para alcançar esse objetivo.

Para cumprir a meta de déficit zero em 2025, o governo federal precisará realizar um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias. A equipe econômica já está revisando os gastos com programas sociais, realizando um pente-fino em fraudes, erros e desperdícios.

Durante o evento Expert XP, em São Paulo, a ministra destacou que foram cortados quase R$ 12 bilhões do Bolsa Família nos anos de 2023 e 2024, sem prejudicar quem realmente precisa. Para o ano que vem, o presidente Lula autorizou o corte de R$ 25,9 bilhões, o que será suficiente para zerar o déficit fiscal em 2026.

Simone Tebet ressaltou que será necessário uma revisão mais estruturante nos gastos públicos, com a participação do Congresso Nacional e do Poder Executivo. A estratégia do Ministério do Planejamento e Orçamento é definir essa nova revisão no segundo semestre do ano que vem, visando o Orçamento de 2026.

A ministra enfatizou a importância da integração das políticas públicas e da modernização das vinculações. Ela também abordou a questão dos subsídios e gastos tributários, destacando a necessidade de avaliar se estão realmente atendendo ao interesse público.

Em relação aos subsídios tributários, Tebet mencionou a renúncia de receitas, os gastos financeiros e creditícios realizados pelo governo. O volume de renúncias fiscais e benefícios financeiros concedidos atingiu R$ 646 bilhões em 2023, o que levou o presidente Lula a expressar preocupação.

A ministra garantiu que os subsídios que estão trazendo resultados positivos serão mantidos, mas é fundamental analisar a efetividade de todos os subsídios concedidos. O objetivo é garantir que estejam gerando emprego, renda e movimentando a economia de forma eficaz.

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