CEO do Telegram é detido na França por suposta cumplicidade com crimes online; empresa se defende e nega responsabilidade.




Telegram e a polêmica judicial

O Telegram se viu no centro de uma polêmica judicial envolvendo o CEO da plataforma, Pavel Durov. Segundo informações do jornal, Durov destacou que a cooperação judicial estaria limitada apenas no contexto antiterrorista, excluindo qualquer colaboração com outros serviços de polícia, sob a justificativa de que eles utilizariam canais de comunicação exclusivos da DGSI.

Telegram diz que ‘não é editor’ das mensagens

Além disso, o Telegram refuta a acusação de cumplicidade na realização de crimes organizados ou divulgados na plataforma, argumentando que nunca atuou como “editor” dos conteúdos enviados, mas sim como um mero “hospedeiro” das mensagens.

Pavel Durov, de 39 anos, está impedido de deixar o território francês enquanto as investigações estiverem em andamento. Ele precisa se apresentar a uma delegacia da França a cada duas semanas, de acordo com a determinação judicial. Apesar disso, conseguiu evitar o uso de uma tornozeleira eletrônica ao pagar uma fiança de €5 milhões para ser liberado da custódia policial, na qual ficou detido da noite de sábado até a de quarta-feira.

Durov foi detido no aeroporto de Le Bourget, ao norte de Paris, sob a acusação de “cumplicidade na administração de uma plataforma online ao permitir uma transação ilícita, em associação criminosa”, crime passível de até 10 anos de prisão, de acordo com os juízes de instrução.

Após a detenção, o Telegram declarou que “cumpre as leis da União Europeia” e destacou que é absurdo responsabilizar a plataforma ou seu proprietário pelos abusos cometidos. O advogado de Durov, David-Olivier Kaminski, reiterou a posição, afirmando que é totalmente absurdo imaginar que o responsável por uma rede social, como Pavel Durov, possa estar envolvido em crimes ocorridos por meio de sua plataforma de mensagens.


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