Análise da palavra “ridículo” utilizada por Pep Guardiola

No último sábado (24), durante a vitória do Manchester City por 4 a 1 sobre o Ipswich no Campeonato Inglês (Premier League), o treinador Pep Guardiola utilizou a palavra “ridículo” para descrever o desempenho do centroavante Erling Haaland, que marcou três gols na partida. Essa escolha de vocabulário despertou reflexões sobre o uso de termos historicamente negativos em situações elogiosas.

Guardiola, conhecido por sua excelência como treinador, fez questão de ressaltar a qualidade de Haaland, comparando seus números com os de Messi e Cristiano Ronaldo. Aos 24 anos, Haaland já acumula 280 gols em 337 jogos, com uma média impressionante de 0,83 gols por partida, superando as marcas de outros grandes artilheiros.

No entanto, a escolha da palavra “ridículo” gerou controvérsias. Enquanto alguns argumentam que seu uso pode ser interpretado como uma exaltação, outros questionam a adequação desse termo, que geralmente possui uma conotação negativa. O jornalista ressalta a importância de explorar o vasto leque de adjetivos elogiosos disponíveis na língua, sugerindo alternativas como esplêndido, extraordinário, sensacional, entre outros.

A repercussão do uso de “ridículo” não se limitou apenas ao contexto esportivo. Narradores e comunicadores, como Everaldo Marques, também adotaram o termo em suas falas, buscando transmitir uma ideia de excepcionalidade. No entanto, a divergência de opiniões quanto ao emprego dessa palavra revela a complexidade da linguagem e a importância de refletir sobre o impacto das escolhas vocabulares.

Diante do potencial de Haaland em superar marcas históricas no futebol, como as de Messi e Cristiano Ronaldo, torna-se evidente a necessidade de reconsiderar o emprego de adjetivos e termos que possam desviar a interpretação do elogio pretendido. A evolução da linguagem acompanha as transformações sociais e culturais, mas a reflexão sobre o significado e o impacto das palavras continua sendo fundamental.