Justiça determina que colégio no Rio aceite matrícula de criança com autismo, sob pena de multa de R$ 100 mil.






Liminar determina que colégio no Rio aceite matrícula de criança com autismo

Justiça determina que Colégio no Rio aceite matrícula de criança com autismo

No dia 28 de agosto, a Justiça do Rio de Janeiro emitiu uma liminar determinando que o Colégio Intellectus (Benites Teixeira Colégio e Curso) pare de limitar a matrícula de alunos com deficiência em suas turmas. Essa ação foi movida pela 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Proteção à Educação da Capital, com o intuito de garantir o direito fundamental de todas as crianças à educação. Mesmo com a promessa da instituição de oferecer uma formação humana com o estudante no centro do aprendizado, essa garantia não se cumpre quando se trata de alunos com necessidades especiais, como autismo.

O processo começou após uma denúncia sobre a recusa de matrícula de uma criança com deficiência neurológica que afeta sua comunicação, interação e processamento sensorial. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) não é uma doença, mas uma condição que demanda um ambiente inclusivo para o desenvolvimento adequado do indivíduo.

A Secretaria de Estado de Educação, a pedido do Ministério Público, confirmou a recusa de matrícula por parte do Colégio e observou a existência de vagas disponíveis, o que vai contra a legislação vigente que não impõe limites desse tipo. A instituição parecia impor “cotas” de alunos com deficiência por turma e recusar matrículas, mesmo quando havia vagas disponíveis.

Diante da postura da escola, o Ministério Público precisou ajuizar a ação, já que tentativas anteriores de acordo não foram bem-sucedidas. A Justiça, ao deferir a liminar, destacou o perigo de dano irreparável à criança com autismo, impondo uma multa de R$ 100 mil por cada caso de descumprimento da decisão, que será destinada ao Fundo para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (FUPDE).

Essa decisão representa uma importante conquista para a garantia dos direitos das crianças com autismo, reforçando a importância da inclusão e da igualdade de acesso à educação para todos.


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