Mais de 20 entidades de diversos setores da sociedade estão envolvidas no fórum, com o apoio da Fundação Friedrich Ebert (FES) e do Fundo Brasil de Direitos Humanos. Pesquisadores e movimentos sociais se uniram para criar grupos de trabalho que abordarão temas como a produção e cruzamento de dados, comunicação, territorialidade e advocacy, a fim de promover o diálogo com o poder público e outros setores.
A criação do fórum foi motivada por eventos recentes, como as violações de direitos ocorridas durante as operações Escudo e Verão, na Baixada Santista. Juliana Borges, coordenadora de advocacy da Iniciativa Negra, ressaltou a importância de fundamentar as discussões em dados e evidências concretas, destacando a mudança nos modelos de segurança pública e policiamento no estado.
A redução da letalidade policial em períodos de intensa atuação dos movimentos sociais foi um dos pontos citados por Juliana. Ela enfatizou a necessidade de popularizar o debate sobre segurança pública e garantir a participação e representatividade das comunidades afetadas. O objetivo é promover uma segurança comunitária baseada nos princípios do Estado Democrático de Direito e no respeito aos direitos humanos.
“A segurança atravessa a vida de todos nós de alguma forma, seja diretamente, em comunidades violentadas, ou indiretamente, em territórios de classe média afetados pela sensação de insegurança”, afirmou a coordenadora. O fórum visa construir propostas concretas para influenciar a agenda de políticas públicas, com foco na promoção de uma segurança pública que garanta o bem-estar de todas as pessoas.