Gol demite ex-funcionária por violação de normas internas após sindicância interna de um ano






Artigo sobre sindicância interna na empresa Gol

A Gol realizou uma sindicância interna durante um ano e constatou que houve uma “falta grave” nas ações da ex-funcionária.

No desenrolar de um caso que gerou polêmica no âmbito trabalhista, a empresa Gol decidiu realizar uma sindicância interna que durou um ano para apurar irregularidades envolvendo uma ex-funcionária. O resultado apontou para uma “falta grave” nas ações da comissária, desencadeando processos judiciais e debates sobre ética profissional.

Em audiência, a ex-funcionária alegou que seu ex-marido teria acessado o sistema de emissão de passagens utilizando seu usuário, o que contraria as normas da empresa que determinam a confidencialidade e exclusividade dos dados dos funcionários. Essa conduta foi considerada uma violação das políticas internas, uma vez que tais informações são de uso pessoal e não podem ser compartilhadas com terceiros.

Apesar da alegação de que a comissária não agiu com dolo, já que muitas das vezes em que os bilhetes foram emitidos ela estava viajando, a Justiça entendeu que houve descumprimento dos deveres da funcionária. O tribunal de segunda instância confirmou a decisão de demissão por justa causa, ressaltando a seriedade do comportamento ilícito.

A desembargadora-relatora do caso, Andreia Paola Nicolau Serpa, destacou que a punição foi decorrente de mau procedimento e que a falta de provas da comercialização dos benefícios não invalida a conduta inadequada da ex-funcionária. Segundo a magistrada, a quebra de confiança inerente à relação de emprego justificou a demissão.

Questionada sobre o desfecho do caso, a Gol optou por não comentar as decisões judiciais, mantendo-se discreta diante da repercussão do caso.

Publicado em:


Sair da versão mobile