Dólar sobe refletindo ganho de força global e mercado aguarda dados econômicos dos EUA para decisão do Fed




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Dólar abre em alta em meio a cenário internacional

No início desta quarta-feira (28), o dólar iniciou o dia em alta, refletindo a tendência global de fortalecimento da moeda norte-americana.

Os investidores estão de olho na divulgação de novos dados econômicos dos Estados Unidos e discutem a possível magnitude do corte de juros que o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) pode anunciar em setembro.

Por volta das 9h33, o dólar registrava uma alta de 0,66%, sendo cotado a R$ 5,5391. Na sessão anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,24%, atingindo R$ 5,502, enquanto o índice Ibovespa caiu 0,08%, encerrando a sequência de recordes históricos.

Na ausência de grandes eventos no mercado internacional, os acontecimentos locais estão direcionando os negócios. O IBGE divulgou que o IPCA-15 desacelerou em agosto para 0,19%, em consonância com as expectativas dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação ficou em 4,35%, ligeiramente abaixo do teto da meta estabelecida pelo BC de 4,5%.

Expectativas em relação à política monetária

A desaceleração da inflação ocorre em meio à crescente expectativa sobre as próximas ações do Banco Central. Membros da instituição têm levantado a possibilidade de elevação da taxa Selic na próxima reunião, em setembro, a fim de trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal instrumento de controle inflacionário utilizado pelo BC. A autoridade monetária tem como meta uma inflação de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e possível futuro presidente do BC em 2025, reforçou em um evento na segunda-feira a postura conservadora da instituição, destacando a dependência de dados para decisões futuras sobre juros. Ele mencionou que todas as alternativas estão em consideração para a reunião do Copom em setembro.

Nas últimas semanas, o mercado tem analisado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, em busca de sinais sobre a política de juros. A expectativa é de um aumento na Selic até o final do ano, como indicado pelo contrato de juros futuros para janeiro de 2025.

Cenário corporativo e internacional

Na cena corporativa, a Bolsa refletiu movimentos de realização de lucros em diversos papéis. No entanto, a definição do novo presidente da Vale foi bem recebida pelos investidores. Gustavo Pimenta foi eleito por unanimidade para substituir o cargo na mineradora, impulsionando as ações da empresa.

Além disso, no cenário internacional, os mercados mantêm cautela antes de novos dados econômicos dos EUA, enquanto aguardam as decisões do Fed. Jerome Powell, presidente da autoridade monetária, sinalizou a redução dos juros, confirmando as expectativas de um ciclo de afrouxamento a partir da próxima reunião.

A semana reserva a divulgação de importantes indicadores econômicos nos EUA, como o relatório do índice PCE e dados do PIB, que devem contribuir para definir o cenário econômico global.

Com Reuters


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