Criação de emprego formal cai em julho, mas ainda registra alta em relação ao ano anterior, aponta Caged.

No mês de julho, a criação de empregos formais no Brasil mostrou um declínio em relação ao mês anterior, de acordo com os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego. Foram abertos 188.021 postos de trabalho com carteira assinada no último mês, representando uma queda em comparação ao mês anterior. No entanto, em relação ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 32,3% na criação de empregos.

Nos setores pesquisados, todos os cinco ramos de atividade apresentaram crescimento na geração de empregos formais em julho. O setor de serviços foi o líder, com a abertura de 79.167 postos, seguido pela indústria com 49.471 empregos criados. O comércio também registrou um aumento significativo, com a geração de 33.003 vagas de trabalho.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, expressou preocupação em relação a um possível aumento da Taxa Selic no segundo semestre, afirmando que isso poderia impactar negativamente os investimentos, prejudicar o mercado de trabalho e ampliar os desafios fiscais do país. Ele ressaltou a importância de controlar a inflação por meio da oferta, em vez da restrição da demanda.

Em relação às regiões do país, todas as cinco apresentaram crescimento na criação de empregos formais em julho, com destaque para o Sudeste, que liderou a abertura de vagas, seguido pelo Nordeste e Sul. No entanto, o Espírito Santo foi a única unidade federativa a registrar um saldo negativo na geração de empregos.

No Rio Grande do Sul, foram abertas 6.690 vagas em julho, um número significativo que reflete os investimentos do governo federal na reconstrução do estado após as enchentes ocorridas no início do ano. O ministro do Trabalho destacou a surpresa positiva com esses resultados, ressaltando que a geração de empregos no estado está ocorrendo mais cedo do que o esperado.

Em meio às oscilações no mercado de trabalho, é essencial monitorar de perto os indicadores econômicos e adotar medidas eficazes para promover o crescimento sustentável e a estabilidade no setor de empregos.

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