Le Parisien destaca que a, a exemplo da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, a festa desta noite será a primeira abertura de uma Paralimpíada realizada fora de um estádio. Intitulada de “Paradoxo”, e assinada por Thomas Jolly, o evento promete ser histórico e inclusivo.
O diretor de teatro que causou polêmica no último 26 de julho por ter uma das cenas da abertura da Olimpíada confundida com a Santa Ceia, quer ir além do clichê do “atleta herói”, mas criar um espaço de reflexão para, segundo ele, “representar e tornar visíveis” as pessoas com deficiência.
Menos preconceito, mais desempenho
“Paris é uma festa”, diz o jornal esportivo L’Equipe em sua manchete, fazendo um trocadilho com o nome da famosa obra do escritor americano Ernest Hemingway. A capa do diário é estampada com a foto dos dois porta-bandeiras da França, os paratletas Nantenin Keita e Alexis Hanquinquant.
No mesmo espírito da recusa de clichês, L’Equipe diz em editorial que pretende respeitar o pedido de muitos paraesportistas que não querem ser tratados como super-heróis. “Eles são atletas de alto nível”, diz o editorial do diário. “É preciso livrar nossos olhares do preconceito e nos concentrarmos em suas performances”, sublinha.
É esse o tom utilizado pela paratriatleta Nantenin Keita, em entrevista ao jornal Libération desta quarta. “Em termos de performance pura, o nível dos esportistas está explodindo”, diz.