Projeto de lei propõe inclusão de abordagens femininas nos currículos escolares e cria Semana de Valorização de Mulheres na Educação.




Projeto de lei visa incluir abordagens femininas nos conteúdos curriculares da educação básica

Na última terça-feira (27), a Comissão de Educação (CE) aprovou o projeto de lei (PL 557/2020) que propõe a inclusão obrigatória de abordagens femininas nos conteúdos curriculares da educação básica, tanto na rede pública quanto privada. Além disso, a matéria estabelece a criação da Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História.

Apresentado pela deputada Tabata Amaral (PSB-SP), o projeto enfatiza a importância de incluir nos ensinos fundamental e médio aspectos da história, ciência e cultura do Brasil e do mundo que ressaltem as contribuições das mulheres em diversas áreas, como ciência, cultura, política, entre outras.

A justificativa para a alteração na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) está fundamentada na baixa representatividade das mulheres no campo científico, resultado de preconceitos e desencorajamento enfrentados por elas desde cedo, apesar do excelente desempenho escolar demonstrado.

O projeto prevê ainda a instituição da Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História, a ser realizada anualmente na segunda semana de março, nas escolas de educação básica do país. Para a relatora, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), a proposta é fundamental para combater estereótipos e incentivar meninas a se interessarem por áreas consideradas difíceis e historicamente dominadas por homens, como as ciências exatas.

Segundo Soraya, a iniciativa visa promover uma maior igualdade de gênero e ampliar a presença das mulheres em campos nos quais elas ainda são subrepresentadas, como na política, física, filosofia e matemática, com o intuito de construir um futuro mais equitativo e inclusivo.

A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) exaltou a importância do projeto, destacando que a valorização das mulheres por meio da educação pode despertar novas perspectivas para as meninas, proporcionando uma visão mais ampla sobre o papel feminino na história do país.

Inspirações

Apesar de ter enfrentado divergências por parte de setores conservadores, o projeto recebeu o apoio da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que ressaltou a relevância de reconhecer o legado de mulheres que marcaram a história, como Maria Quitéria e Irmã Dulce, como exemplos inspiradores para as mulheres que almejam ocupar espaços historicamente dominados por homens, como na ciência e política.

Damares também mencionou o filme “Estrelas Além do Tempo”, que retrata a trajetória de mulheres negras na Nasa durante a corrida espacial, como uma fonte de inspiração para que mais meninas se tornem protagonistas em áreas consideradas masculinas.

Maria Corina

O senador Flávio Arns (PSB-PR) e Damares citaram a líder de oposição na Venezuela, Maria Corina Machado, como um símbolo de resistência e coragem na luta pela democracia. Ambos reconheceram o papel fundamental de Maria Corina na história e destacaram sua importância como referência para mulheres em todo o mundo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


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