Ministério da Fazenda analisa 113 pedidos de registro para bets no Brasil; sanções serão aplicadas a partir de janeiro.

A Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda está conduzindo o exame minucioso dos 113 pedidos de registros formalizados até semana passada no Sistema de Gestão de Apostas (Sigap) por empresas que almejam ingressar no mercado brasileiro de apostas de quota fixa, também conhecidas como bets. A avaliação dos pedidos segue uma ordem cronológica, de acordo com a data de chegada das solicitações.

O governo federal está preparado para aplicar sanções severas contra plataformas de apostas esportivas e jogos online que operarem sem a devida autorização a partir de 1º de janeiro do próximo ano. A Associação Nacional de Jogos e Loterias demonstra entusiasmo perante essa nova fase, enfatizando a importância de um mercado regulado e transparente para garantir a segurança dos apostadores.

A regulamentação estipula que apenas empresas autorizadas pelo Ministério da Fazenda e pelo Ministério do Esporte poderão utilizar o domínio “bet.br” em suas marcas online. Cada empresa autorizada tem permissão para explorar até três marcas de bet, com a possibilidade de chegar a seis marcas no caso das que tiverem dois pedidos aprovados.

O processo de análise dos pedidos revelou que a maioria das solicitações foi realizada nos 30 dias finais do prazo, com grande parte delas sendo feitas no último dia inicialmente estabelecido. As empresas interessadas em operar no mercado brasileiro vêm de diversas origens, incluindo Curaçao, Brasil, Malta, Reino Unido e outros países ao redor do mundo.

A autorização para atuar nas apostas de quota fixa segue um procedimento em três fases, que envolve a análise da SPA, do Ministério do Esporte e, por fim, da Fazenda. O objetivo é garantir a integridade e idoneidade das empresas que serão autorizadas a operar no país, além de viabilizar a arrecadação de tributos que até então não eram recolhidos pelas empresas de apostas.

Com a regulamentação do mercado de apostas, espera-se a criação de empregos, geração de receita para o governo e um ambiente mais seguro e transparente para os apostadores. No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados, como o endividamento de jogadores e a crescente preocupação com transtornos relacionados ao jogo compulsivo. O mercado de apostas no Brasil está passando por transformações significativas, e o papel do governo e das entidades reguladoras é fundamental para garantir um ambiente saudável e sustentável para essa atividade.

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