Com essa medida, o IBGE visa não só garantir a representatividade total do país em sua área marítima, mas também alinhar os limites legais do território nacional com outros órgãos governamentais e de pesquisa. A Amazônia Azul, como é conhecida essa região, abrange não apenas a superfície do mar, mas também as águas sobrejacentes ao leito marinho, bem como o solo e o subsolo marinhos que se estendem além da costa brasileira.
A mudança proposta pelo IBGE é uma resposta às demandas da sociedade por um mapeamento mais abrangente da área marítima sob jurisdição brasileira, utilizando o conceito da Amazônia Azul. Com a atualização, a área territorial do Brasil aumenta em mais de 4 milhões de quilômetros quadrados, sem que haja qualquer alteração na parte continental do território, onde se encontram os ecossistemas costeiros característicos.
Luciana Temponi, chefe de Setor do Meio Biótico do IBGE, ressaltou a importância desse marco, afirmando que ele representa um avanço significativo para o país em termos políticos, econômicos, e de proteção ambiental. A integração do Sistema Costeiro-Marinho à Amazônia Azul é fundamental para o reconhecimento internacional dessa área, que o Brasil pleiteia junto à ONU.
O coordenador de Meio Ambiente do IBGE, Therence de Sarti, destacou a relevância da integração das bases de dados, afirmando que a Amazônia Azul deve ser encarada como parte integrante do território nacional. Ele ressaltou ainda a importância de se promover a gestão sustentável da biodiversidade marinha e costeira, desde a educação básica até a formulação de políticas públicas.
Com essa atualização, o Brasil dá mais um passo em direção à consolidação de sua soberania marítima e ao reconhecimento internacional de sua extensão territorial. O IBGE reafirma seu compromisso com a produção de dados e informações de qualidade que contribuam para a gestão e preservação do vasto patrimônio natural do país.
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