Na política, os acontecimentos mudam tão rapidamente que aqueles que hesitam em fazer alguma coisa são geralmente surpreendidos por alguém fazendo a coisa. Receosos de confrontar sob refletores o vale-tudo adotado por Pablo Marçal, Guilherme Boulos, Ricardo Nunes e José Luiz Datena transformaram a hesitação num processo de valorização do papel de Tabata Amaral na corrida à prefeitura de São Paulo.
Beneficada pela vacilação dos homens, Tabata avança sobre Marçal nas searas jurídica e política. No sábado, seu partido, o PSB, obteve na Justiça Eleitoral liminar que bloqueou os perfis de Marçal nas redes sociais. Nesta segunda-feira, levou à internet, um vídeo no qual rememora o processo judicial que envolve Marçal e gruda o acrônimo do PCC na imagem do rival que se especializou em depreciar biografias alheias com acusações falaciosas.
“Uma pesquisa por seus aliados esbarra sempre nas mesmas letras. P de Pablo, C de coach e C de criminoso”, disse Tabata no vídeo, antes de afirmar que anseia por um novo confronto com Marçal no debate promovido pela TV Gazeta e pelo site MyNews, no próximo domingo. “Os outros candidatos já disseram que não vão. Vamos ser só eu e você. Vou apresentar as minhas propostas para a cidade, mas também vou desmascarar você mais uma vez. […] Não foge, que vai ser pior!”, declarou Tabata, em timbre de desafio.