O Desastre que Marcou a História: Terremoto de Lisboa em 1755
No dia 1º de novembro de 1755, o reverendo Charles Davy descreveu uma manhã deslumbrante em Lisboa, uma das mais belas cidades da época. Com um império colonial mundial nas mãos, Portugal era um reino rico, graças às suas colônias na África, Ásia e América Latina.
Lisboa era uma metrópole repleta de mosteiros, palácios e influências arquitetônicas orientais e islâmicas. O sol brilhava intensamente sobre a cidade, porém, o cenário idílico mudaria drasticamente em poucas horas.
No dia do terremoto, as igrejas estavam cheias de fiéis celebrando o Dia de Todos os Santos. De repente, um estrondo subterrâneo anunciou a catástrofe iminente. O tremor, avaliado entre 8,5 e 9 na escala Richter, foi sentido em grande parte da Europa Ocidental e na costa noroeste da África.
O abalo foi devastador, causando dezenas de milhares de mortes e desencadeando um tsunami que varreu Lisboa. O fogo que se seguiu durou seis dias, destruindo grande parte da cidade.
Este desastre não só mudou a paisagem de Lisboa, mas também provocou uma revolução no pensamento da época. Filósofos como Voltaire e Rousseau debateram sobre o papel de Deus diante do sofrimento humano, dando início ao Iluminismo.
Além disso, o terremoto de 1755 foi crucial para o desenvolvimento da sismologia, tornando-se o marco inicial para o estudo científico dos terremotos. O Marquês de Pombal liderou a reconstrução de Lisboa com base em novas técnicas de engenharia sísmica, visando minimizar danos em futuros desastres.
Assim, o Terramoto de 1755 não foi apenas uma tragédia, mas também um evento que desencadeou uma profunda transformação na ciência e no pensamento humano, marcando o início da era moderna.