Fumaça de incêndios florestais na região Sudeste encobre o céu de Brasília, gerando preocupação com a qualidade do ar.

Na manhã desta segunda-feira (26), o céu de Brasília amanheceu coberto por fumaça dos incêndios florestais no Sudeste, impactando a qualidade do ar na capital federal. Desde domingo (25), a névoa encobre o horizonte, levando o índice de qualidade do ar a 186, nível considerado insalubre. O mês de setembro é o mais seco em Brasília, contribuindo para o aumento das queimadas naturais. Até o momento, o Distrito Federal registrou 93 ocorrências, afetando 220 hectares.

Apesar das ocorrências estarem dentro da média para a época, a quantidade de fumaça excedente preocupa. A capital já soma mais de 120 dias sem chuvas, prejudicando ainda mais a situação. As torres do Congresso Nacional continuam encobertas, com a névoa se espalhando pelo Plano Piloto e regiões vizinhas como Samambaia, Águas Claras, Sobradinho e Taguatinga. Os focos de incêndio no DF estão concentrados nas áreas de transição entre zonas urbana e rural, sem atingir unidades de conservação.

A situação se repete em São Paulo, com 4.973 focos de incêndio registrados até agosto, o maior número desde 1998. A situação também afeta o Triângulo Mineiro, com uma fábrica evacuada. Os incêndios já provocaram acidentes, interrupção de aulas, lotação de hospitais e deixaram duas pessoas mortas e 66 feridas, segundo a Defesa Civil.

No domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para discutir as suspeitas de ações criminosas nos incêndios. A Polícia Federal já abriu 31 inquéritos para investigar as origens dos incêndios, incluindo casos em São Paulo, estado com mais de 30% dos focos de calor registrados no país.

Sair da versão mobile