Exame de Vista Dilatado: Necessário ou Não?
Um dos momentos mais desagradáveis durante um exame de vista é quando o médico aplica as gotas para dilatar as pupilas. O desconforto, a visão embaçada e a sensação de ardência nos olhos fazem muitos se questionarem sobre a real necessidade desse procedimento.
A dilatação dos olhos pode ser crucial para identificar doenças como glaucoma e degeneração macular, porém há um debate sobre quem realmente precisa dessa prática e com que frequência.
A Academia Americana de Oftalmologia diverge das recomendações da Associação Americana de Optometria ao afirmar que a maioria dos adultos jovens e saudáveis não necessita de exames dilatados anuais.
O oftalmologista Roy Chuck destaca a controvérsia envolvendo esse tema, ressaltando que as diferentes orientações dos profissionais geram dúvidas nos pacientes.
Como funciona a dilatação da pupila?
A dilatação é um procedimento que amplia a pupila, permitindo uma visualização mais precisa da retina, do nervo óptico e dos vasos sanguíneos no fundo do olho. Esse método pode auxiliar na detecção de várias condições, inclusive algumas não relacionadas à visão, como pressão alta e câncer.
Quem precisa de um exame com pupilas dilatadas e quando?
Especialistas concordam que exames de olhos dilatados são essenciais para pacientes com sintomas como manchas flutuantes, dores nos olhos e alterações na visão. Além disso, recomenda-se a dilatação anual para indivíduos com fatores de risco, como diabetes e pressão alta.
Enquanto a Associação Americana de Optometria passou a recomendar exames dilatados anuais para todos os pacientes a partir de 2023, a Academia Americana de Oftalmologia preconiza uma abordagem mais seletiva, indicando exames dilatados em momentos-chave da vida adulta.
O que a pesquisa mostra?
A falta de estudos comparativos sobre a frequência ideal de exames de olhos dilatados gera incertezas quanto à eficácia desse procedimento em pacientes jovens e assintomáticos. Enquanto alguns profissionais acreditam que a dilatação é crucial para a detecção precoce de problemas oculares, outros destacam a baixa taxa de identificação de problemas significativos em pacientes sem sintomas.