Decisão liminar suspende redes sociais de Pablo Marçal, e menções ao candidato atingem pico histórico nos grupos de WhatsApp




Artigo sobre Pablo Marçal

As estratégias de comunicação na campanha eleitoral de Pablo Marçal

Após uma decisão liminar que suspendeu as redes sociais de Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo, as menções a ele atingiram um pico histórico nos grupos de WhatsApp. A disputa eleitoral na cidade está intensa, com os demais candidatos buscando formas de enfrentar o crescimento de Marçal nas pesquisas de intenção de voto.

Um dos principais desafios enfrentados pelas campanhas é a desigualdade criada pela legislação eleitoral, que limita as formas de comunicação durante o período eleitoral. Candidatos como Marçal, que já começam a campanha com milhões de seguidores em suas redes sociais, possuem uma vantagem significativa, pois conseguem utilizar os algoritmos a seu favor para aumentar a disseminação de seu conteúdo.

Essa disparidade afeta diretamente a competição eleitoral, já que as regras eleitorais restringem as maneiras de levar a mensagem da campanha ao público. Enquanto as campanhas contam com o tempo de rádio e televisão, além dos debates promovidos pelos veículos de comunicação, os influenciadores digitais têm canais adicionais de comunicação em suas redes sociais.

Essa desigualdade se torna ainda mais evidente quando não há regras claras sobre como os influenciadores aumentam seus seguidores em períodos não eleitorais. Isso pode resultar em uma distorção significativa no cenário político, beneficiando aqueles que investem antecipadamente na construção de uma base sólida de seguidores.

A recente decisão judicial de suspender as redes sociais de Marçal gerou um impacto expressivo nas menções ao candidato, que superaram as referências a figuras políticas consolidadas como Lula e Bolsonaro. A ascensão de Marçal tem causado preocupações na família Bolsonaro, que percebe sua hegemonia no campo da direita ameaçada.

Diante desse cenário, é preciso avaliar como as campanhas políticas utilizam as redes sociais e o ecossistema digital para conquistar eleitores, considerando as desigualdades competitivas que surgem devido à construção de poderosos canais de comunicação fora do período eleitoral.


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