Seca histórica na Amazônia coloca em risco a vida dos golfinhos: líder de grupo alerta para situação crítica no Lago Tefé

A seca na Amazônia tem trazido consequências devastadoras para a fauna da região, em especial para os golfinhos. O Grupo de Mamíferos Aquáticos do Mamirauá, liderado por Miriam Marmontel, tem se dedicado a realizar ações emergenciais de resgate dos golfinhos amazônicos, como os botos vermelhos e tucuxis, que estão sofrendo com a baixa profundidade e altas temperaturas dos rios.

No ano passado, a seca histórica que atingiu o Amazonas resultou na morte de centenas de golfinhos, representando uma perda significativa para a população desses animais na região do Lago Tefé. Miriam Marmontel expressou sua preocupação com a possibilidade de ocorrer novamente um cenário semelhante, alertando para a necessidade de resgatar os golfinhos em situação de risco.

A líder do Grupo de Mamíferos Aquáticos relatou que foram recebidas informações sobre a presença de sete botos vermelhos presos em lagoas isoladas devido à seca. As condições climáticas adversas têm dificultado as operações de resgate, tornando a missão ainda mais desafiadora para a equipe.

Abaixo do Grande Rio, próximo à cidade de Humaitá, um ribeirinho identificado como Edmar Lopes protagonizou um ato heroico ao salvar um boto que encalhou no Rio Madeira. As imagens divulgadas pela Amazônia Latitude mostram a atitude corajosa de Edmar, que conseguiu devolver o golfinho à água, proporcionando-lhe uma nova chance de sobrevivência.

Enquanto a situação dos golfinhos na Amazônia permanece crítica, cerca de 20 municípios no estado do Amazonas já declararam situação de emergência devido à estiagem. A seca afeta não apenas a fauna e a flora, mas também a vida das comunidades locais, evidenciando a urgência de medidas para combater os impactos negativos do clima na região.

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