Neonazista Mário Machado tem canal do YouTube banido e volta a ser destaque nas manchetes aos 27 anos.





 Relatos de gangues que se infiltram em torcidas uniformizadas exibindo símbolos nazistas não são novidade nos estádios europeus. No entanto, o Grupo 1143, surgido no estádio do Sporting, em Lisboa, transcendeu o mundo do futebol há muito tempo. Os torcedores do Sporting grafavam “SSporting” em suas faixas – uma alusão ao SS das forças paramilitares nazistas.

 Com o passar do tempo, o Grupo 1143 expandiu sua atuação para as ruas, participando de manifestações muitas vezes violentas contra imigrantes, e também marcou presença nas redes sociais. Um de seus líderes, Mário Machado, mantinha um canal no YouTube, que foi banido recentemente, colocando-o novamente em destaque nos jornais.

 ”O que chama a atenção não é o fato de Mário Machado ter sido retirado do ar, mas sim que tenha sido o YouTube e não o Ministério Público português a tomar essa medida”, afirmou a jurista Ana Gomes. O Grupo 1143 se autodenomina nacionalista em referência ao ano da fundação de Portugal, 1143.

 Desde sua ascensão em 1995, quando Machado fazia parte de um grupo de skinheads envolvido em atos de violência e vandalismo, até os dias atuais, ele teve vários confrontos com a Justiça, sendo preso em diferentes ocasiões por incitação ao crime e danos materiais.

 Na prisão, Machado fundou o braço português do grupo Irmandade Ariana e tentou criar uma gangue de motociclistas para competir com os Hell’s Angels, resultando em conflitos e condenações. Recentemente, ele foi condenado por crime de ódio por discriminação de gênero.

 O Grupo 1143, apoiando discretamente o partido de extrema direita Chega, tem promovido manifestações contra imigrantes em Portugal, o que levou o partido a propor um plebiscito para limitar a entrada de imigrantes no país. Machado planeja mais ações do tipo para os próximos meses.

 As repercussões negativas da incitação ao ódio nas redes sociais são evidentes, como demonstrado pela recente onda de crimes de ódio no Reino Unido. A questão da imigração também é discutida, sendo Portugal um país que depende economicamente dos imigrantes.

 Apesar dos crimes e atos violentos cometidos por esses grupos extremistas, é importante ressaltar que a maioria da população em Portugal e no Reino Unido se manifesta a favor da imigração e da diversidade, mostrando que os racistas representam uma minoria que deve ser punida exemplarmente.


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