Caro leitor, é com grande preocupação que trago a você informações sobre o impacto devastador das queimadas na Amazônia. Muitos empresários de diferentes regiões do Brasil podem não perceber, mas o custo do fogo na floresta tropical vai muito além das fronteiras amazônicas. As queimadas não apenas danificam a reputação do Brasil no mercado global, mas também afetam a competitividade de nossos produtos em um mundo cada vez mais focado na sustentabilidade.
De acordo com projeções da McKinsey, o mercado de carbono pode atingir a impressionante marca de US$ 50 bilhões até 2030. Enquanto isso, o Brasil ainda não possui uma regulamentação efetiva para lidar com as emissões de carbono e continua a permitir a destruição de florestas que são essenciais para o armazenamento e captura desse elemento crucial para o meio ambiente.
É fundamental que países desenvolvidos compensem suas emissões de carbono, mas aqui no Brasil, mais de 75% das emissões têm origem nas queimadas na Amazônia. Sem um compromisso sério para combater esse problema, podemos comprometer não apenas o cumprimento de metas de redução de emissões, mas também a construção de uma economia sustentável na região Norte do país.
A situação é tão grave que, em cidades como Porto Velho e Cruzeiro do Sul, a qualidade do ar é considerada perigosa para a saúde humana. A fumaça tóxica das queimadas não escolhe vítimas, afetando indígenas, ribeirinhos e a população em geral.
Diante desse cenário alarmante, é urgente que todos os setores da sociedade tomem medidas para combater as queimadas na Amazônia. O momento de agir é agora, antes que as consequências se tornem ainda mais graves para nossa saúde e nossos negócios.
Marcelo Thomé é presidente da FIERO, vice-presidente da CNI e presidente do Instituto Amazônia +21.