Pressão internacional: 11 países latino-americanos e EUA rejeitam ratificação de Maduro na Venezuela pelo Supremo Tribunal de Justiça

Em meio a intensas polêmicas e contestações, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela ratificou a vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho, gerando repercussões internacionais e acirrando a crise política no país. Um dia após a decisão do TSJ, uma carta conjunta assinada por Estados Unidos e outros 10 países latino-americanos rejeitou a validade da declaração do tribunal, acendendo um debate sobre a transparência e credibilidade do processo eleitoral venezuelano.

Os signatários da carta afirmaram que a falta de acesso da oposição à contagem oficial dos votos, a ausência de publicação das atas e a recusa em realizar uma auditoria imparcial e independente comprometem a legitimidade do resultado das eleições. A líder oposicionista Maria Corina Machado destacou o apoio do mundo democrático ao povo da Venezuela e ressaltou a importância da transparência na democracia do país.

Enquanto isso, o presidente do México, Andrés Manuel Lopez Obrador, manifestou a necessidade de aguardar a publicação das atas eleitorais para uma avaliação mais precisa. A crítica da Secretaria Geral da OEA e do alto representante da União Europeia para Assuntos Exteriores, Josep Borrell, em relação à falta de provas e transparência no processo eleitoral venezuelano reforça a pressão internacional sobre o governo de Maduro.

Por outro lado, o chanceler da Venezuela, Yván Gil, rejeitou veementemente a carta conjunta dos 11 países, afirmando que a soberania e independência do país devem ser respeitadas. Gil alegou que as contestações ao resultado eleitoral são parte de uma tentativa de golpe de Estado promovida pelos Estados Unidos e seus aliados na região.

Diante desse cenário de tensões e questionamentos, o Brasil e a Colômbia devem se posicionar em breve e mediar uma solução para a crise política na Venezuela. Enquanto isso, a pressão internacional sobre o governo de Maduro continua a crescer, com chamados por transparência e respeito à vontade popular soberana do povo venezuelano.

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