Presidente Lula favorece prefeitos em distribuição de verbas sem análise técnica, revela documento mostrado pelo UOL.




Presidente Lula é investigado por possíveis favorecimentos a prefeitos

Presidente Lula é investigado por possíveis favorecimentos a prefeitos

Segundo a assessoria do presidente Lula, os atendimentos às demandas levadas por prefeitos “seguem critérios objetivos e os recursos são liberados pelos ministérios de forma documentada”. No entanto, documentos obtidos pelo UOL revelam outra realidade. Após encontros com o presidente, algumas cidades receberam R$ 1,4 bilhão em processos sem análise da área técnica, com pedidos de urgência sem justificativa e em alguns casos, sem nem mesmo solicitar os valores. A atuação do presidente para favorecer essas cidades é considerada velada.

Araraquara e Diadema, por exemplo, receberam mais recursos de verba própria da Saúde do que 13 capitais, incluindo Belo Horizonte, Porto Alegre e Maceió. O presidente teve 17 reuniões com prefeitos desde sua posse, sendo que 12 delas foram com os seis prefeitos que mais foram beneficiados. O chefe de gabinete de Lula, Marco Aurélio Ribeiro, conhecido como Marcola, também concentra sua agenda de reuniões com prefeitos nesse grupo seleto.

O deputado responsável pelo requerimento que deu origem à investigação afirma que “essa prática pode configurar abuso de poder político e econômico, além de possível improbidade administrativa. Os recursos públicos não devem ser utilizados como moeda de troca política ou para interferir na livre escolha dos eleitores”. Com isso, uma CPI está em vias de ser instaurada para apurar o possível esquema de favorecimento político através da distribuição de verbas e identificar os responsáveis, recomendando as sanções cabíveis, tanto judicialmente quanto no âmbito do Parlamento.

O parlamentar ressalta que “essa investigação é essencial para garantir que a aplicação dos recursos públicos seja transparente, equitativa e siga os princípios republicanos, assegurando a lisura do processo eleitoral e a confiança dos cidadãos no sistema democrático”.


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