Organização de ex-presidentes chama reeleição de Maduro na Venezuela de golpe de Estado e pede ação internacional




Organização de ex-presidentes denuncia golpe na Venezuela

Organização de ex-presidentes denuncia golpe na Venezuela

Na manhã desta sexta-feira (23), uma organização composta por 30 ex-presidentes da América Latina e da Espanha fez soar o alarme em relação à situação política da Venezuela. Em uma carta pública, eles classificaram a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) de chancelar a reeleição do ditador Nicolás Maduro como um golpe de Estado contra a soberania popular.

Entre os signatários da carta estão líderes importantes, como o argentino Maurício Macri, o paraguaio Mario Abdo, o uruguaio Luis Alberto Lacalle, o colombiano Iván Duque e o mexicano Felipe Calderón. Todos eles fazem parte da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Idea), que reúne lideranças predominantemente associadas à direita política.

De acordo com o documento divulgado pela Idea, a decisão do TSJ representa uma afronta à vontade clara do povo venezuelano, que teria escolhido Edmundo González Urrutia como presidente da República. O TSJ, controlado pelo chavismo, foi acusado de usurpar as competências constitucionais do Poder Eleitoral venezuelano para validar e entregar o poder a Maduro, ignorando os resultados eleitorais legítimos.

A proclamação da reeleição de Maduro pelo TSJ na quinta-feira gerou controvérsias, uma vez que a corte se recusou a divulgar as atas e comprovantes de votação que embasaram a decisão. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano havia declarado Maduro como vencedor, mas até o momento não apresentou as atas que comprovariam os resultados.

Luta pela democracia

Diante desse panorama, a Idea convocou a comunidade internacional a agir para evitar a consolidação do golpe de Estado na Venezuela. A organização demanda medidas efetivas contra os responsáveis por atentados à ordem democrática e alegações de crimes contra a humanidade no país.

A oposição venezuelana afirma ter evidências que comprovam a vitória de González nas eleições, contrariando os resultados oficiais. Análises independentes endossam a validade desses documentos, apontando para uma manipulação dos resultados por parte do governo Maduro.

Essa situação tem gerado repercussões internacionais, com muitos líderes políticos sendo instados a se manifestar sobre a crise eleitoral na Venezuela. Até o momento, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não emitiu posicionamento público sobre a questão.

Por: Redação


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