A Sala Eleitoral do TSJ determinou que o CNE publique os resultados definitivos da eleição no Diário Oficial do país e certificou que o Poder Eleitoral foi vítima de um ataque cibernético que dificultou o processo. A decisão baseou-se no artigo 155 da Lei Orgânica dos Processos Eleitorais, que exige a publicação dos dados em até 30 dias após a proclamação do candidato vencedor.
A não publicação dos dados tem gerado questionamentos sobre a legitimidade do resultado eleitoral, levantando dúvidas dentro e fora da Venezuela sobre a transparência do processo. A presidente do TSJ leu trechos do informe dos peritos nacionais e internacionais que analisaram os documentos eleitorais, respaldando os boletins emitidos pelo CNE.
A oposição venezuelana anunciou que não reconheceria a decisão do TSJ, alegando que qualquer sentença que valide a fraude eleitoral seria ineficaz e nula. O governo iniciou uma investigação contra o site da oposição que divulgou supostas atas eleitorais indicando a vitória do opositor Edmundo.
Caryslia Rodríguez destacou a competência do TSJ para solucionar impasses eleitorais, citando exemplos de outras eleições em que questões controversas foram resolvidas pelo Judiciário. A magistrada também mencionou que alguns partidos opositores não entregaram as atas eleitorais solicitadas, gerando questionamentos sobre a transparência do processo eleitoral.
A decisão do TSJ em manter a vitória de Maduro reflete a instabilidade política na Venezuela e a polarização entre governo e oposição, evidenciando a complexidade do cenário político no país.