Travessia mortal no Darién: um caminho de sofrimento e desolação
O perigoso trajeto pelo Darién, entre Colômbia e Panamá, tem se mostrado cada vez mais letal para os migrantes que buscam uma nova vida longe de crises e dificuldades. De acordo com declarações de autoridades panamenhas, muitos dos que se aventuram nessa jornada são guiados por coiotes, traficantes de pessoas, que nem sempre têm preparo físico para enfrentar os desafios que surgem pelo caminho. O resultado é um rastro de morte e sofrimento, com corpos muitas vezes impossíveis de serem encontrados em meio à densa selva.
No decorrer deste ano, mais de 231 mil pessoas arriscaram suas vidas nesse percurso, incluindo venezuelanos, equatorianos, colombianos e até chineses. Os números impressionam e revelam a gravidade da situação. Em 2023, o total de atravessantes ultrapassou os 520 mil, sendo a maioria proveniente da Venezuela.
Diante desse cenário trágico, Panamá e Estados Unidos selaram um acordo para tentar conter o fluxo migratório, com Washington destinando milhões de dólares para auxiliar na deportação daqueles que cruzam ilegalmente o Darién. Recentemente, 29 colombianos com antecedentes criminais foram deportados com a ajuda dos EUA, em uma ação que visa coibir a entrada irregular de pessoas pelas fronteiras.
Ao longo dos anos, a travessia pelo Darién tem se mostrado um verdadeiro teste de sobrevivência e resistência, com desfechos muitas vezes trágicos. É urgente que medidas eficazes sejam adotadas para evitar mais mortes e proteger os direitos humanos dos migrantes que se aventuram nessa perigosa jornada.
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