Rios da Amazônia atingem recordes de baixas cotas antes do período mais crítico da estiagem, preocupando autoridades e população.
O analista do Censipam, Flávio Altieri, destacou que, embora as chuvas estejam abaixo do esperado em grande parte da região, ainda é cedo para afirmar que esta será a seca mais intensa já registrada na Amazônia. No entanto, as condições hidrológicas dos principais rios são piores do que em 2023, ano marcado pela pior seca na região. As previsões climáticas não indicam melhora no quadro de chuvas para os próximos meses, o que preocupa as comunidades que dependem dos rios.
O quadro de seca extrema já se confirma, segundo Altieri, o que pode trazer escassez de água generalizada e grandes perdas nas plantações. As comunidades tradicionais são as mais afetadas, enfrentando desafios como desabastecimento de alimentos e água potável, além de dificuldades no acesso a serviços essenciais como saúde e educação.
Diante dessa situação, uma reunião de ministros com governadores da Amazônia Legal discutiu medidas para amenizar os impactos da estiagem no norte do Brasil. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) aprovou o repasse de R$ 11,7 milhões para ações de defesa civil nos estados do Amazonas e Roraima, e reconheceu a situação de emergência em 53 municípios da região.
A seca na Amazônia é um alerta para a necessidade de políticas públicas eficazes e ações que possam garantir o abastecimento de água e alimentos para as populações afetadas. A união de esforços entre diferentes esferas governamentais e a sociedade civil é essencial para lidar com os desafios impostos por esse cenário climático complexo e cada vez mais preocupante na maior floresta tropical do mundo.