Naufrágio de superiate de luxo na Sicília deixa três mortos e seis desaparecidos; buscas continuam intensas no mar profundo.







Notícia sobre naufrágio na Itália

Dois corpos são encontrados em naufrágio de superiate de luxo na Itália

As autoridades da Itália divulgaram nesta quarta-feira (21) que dois corpos foram encontrados durante as buscas para localizar seis desaparecidos no naufrágio de um superiate de luxo, que ocorreu na última segunda-feira (19), na costa da Sicília.

De acordo com um oficial italiano, os corpos foram localizados por mergulhadores. Nesta quarta, as buscas contam com o auxílio de drones subaquáticos, que conseguem acessar parte da embarcação que está afundada a cerca de 50 m de profundidade.

Os nomes das vítimas não foram divulgados e as buscas continuam pelas outras quatro pessoas que seguem desaparecidas.

Com a localização dos dois corpos, já são três os mortos no acidente. No dia do naufrágio, o corpo do chef de cozinha Recaldo Thomas foi localizado próximo aos destroços.

Mike Lynch, ex-CEO da empresa de software Autonomy, a sua filha Hannah Lynch, o executivo Jonathan Bloomer, do banco Morgan Stanley International, e sua esposa Judy Bloomer, e o advogado Christopher Morvillo e sua esposa Neda Morvillo são os seis desaparecidos.

O naufrágio ocorreu na segunda-feira em virtude do mau tempo. A embarcação foi atingida por uma tromba d’água e afundou rapidamente. Quinze das 22 pessoas a bordo foram resgatadas com vida no mesmo dia.

Os promotores da Itália anunciaram que estão investigando o naufrágio do superiate. “Tudo aconteceu extremamente rápido”, disse Vincenzo Zagarola, um oficial da guarda costeira, ao Financial Times, enquanto mergulhadores italianos continuavam suas tentativas de entrar nos destroços no fundo do mar.

Ele também disse que o vento que atingiu o iate registrado no Reino Unido chegou a 60 nós (mais de 110 km/h), caracterizado como Força 11 ou uma “tempestade violenta” na escala de Beaufort.

A velocidade do afundamento do iate de 540 toneladas permanece o maior mistério sobre o acidente, dado que normalmente levaria muito mais tempo para uma embarcação tão grande e moderna naufragar, mesmo que fosse deitada de lado pelo vento ou completamente virada.

O afundamento foi tão rápido que a tripulação não pareceu ter tempo para enviar um sinal de socorro Mayday. O primeiro sinal de emergência foi o disparo de um sinalizador vermelho do bote salva-vidas que foi visto pela guarda costeira e por um capitão de um barco ancorado nas proximidades, que resgatou os 15 sobreviventes.

Quando a guarda costeira chegou ao local do sinalizador, o iate já havia afundado completamente.

Charlotte Golunski, uma das sobreviventes, descreveu aos médicos que lembrava de estar dormindo em sua cabine e, de repente, acordar na água com sua pequena filha Sophia, segundo Domenico Cipolla, diretor da unidade de emergência do hospital pediátrico Di Cristina em Palermo.

Quando a mãe de 36 anos perdeu a mão da sua filha, ela disse que foi como “olhar a morte nos olhos”, segundo Cipolla. Golunski continuou dizendo que tudo aconteceu em um ou dois minutos. A família já recebeu alta do hospital.

“O pai da menina e outras pessoas disseram que alguns objetos caíram em suas cabeças durante o naufrágio do barco. O pai disse que tudo durou de três a cinco minutos. Os sobreviventes falaram sobre estar no escuro no meio do mar”, afirmou Fabio Genco, chefe dos Serviços Médicos de Emergência de Palermo.


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