Promotores de Justiça investigam mensagens envolvendo o Corinthians

Recentemente, promotores de Justiça tiveram acesso a mensagens de telefone celular enviadas para Japa por seus parceiros, via WhatsApp. Essas mensagens continham comentários sobre as contratações, cópias de contratos e compartilhamentos de comprovantes de transferências bancárias. O conteúdo das mensagens indicava que Japa e seu grupo desfrutavam de “livre trânsito” com dirigentes do Corinthians.

O Corinthians, por sua vez, manifestou surpresa diante da possibilidade de atletas supostamente agenciados por integrantes do crime organizado terem formalizado contratos com o clube. Em nota, o clube afirmou que os contratos teriam sido celebrados anteriormente à gestão atual e se colocou à disposição das autoridades para fornecer documentos e esclarecimentos necessários para a completa apuração dos fatos.

Infelizmente, Japa foi encontrado morto no ano passado com dois ferimentos na cabeça em um Corolla preto, blindado, no subsolo de um edifício comercial no Tatuapé. A polícia suspeitava de um possível caso de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, alegando que Japa poderia ter sido forçado a se matar por ordem do “tribunal do crime” do PCC.

No entanto, as investigações levaram a possibilidade de Japa ter sido assassinado, inclusive com a participação de policiais civis, sendo essa hipótese atualmente investigada pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).