O senador Eduardo Girão (Novo-CE), em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (21), chamou a atenção para um diálogo vazado envolvendo o juiz Airton Vieira, instrutor de gabinete do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), e Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo Girão, essas conversas indicam ações extraoficiais de Alexandre de Moraes, sugerindo um possível aparelhamento do tribunal para práticas ilegais de censura.
O senador ressaltou que o áudio divulgado é um forte indício do uso político do TSE nas eleições de 2022, em benefício da candidatura de Lula, e criticou a suposta censura prévia exercida pelo ministro, o que, em sua visão, viola a Constituição. Girão alertou para o perigo de um Estado de direito ser substituído por uma ditadura judicial no país.
Além disso, Girão mencionou a matéria publicada pela Folha de S.Paulo que revelou a intenção do governo de abandonar o uso do WhatsApp para garantir o sigilo nas comunicações internas, optando por contratar empresas nacionais para serviços similares. Para o senador, essa decisão faz parte de uma estratégia de controle e censura, articulada pelo Executivo.
O parlamentar também criticou o encontro entre ministros do STF e os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados para discutir as emendas de transferência especial, as chamadas emendas Pix. Girão classificou a reunião como um “acordão vergonhoso”, demonstrando a falta de independência entre os Poderes da República.
Em meio a essas discussões, o senador questionou a transparência e a ética na política nacional, destacando a necessidade de uma postura mais íntegra por parte dos órgãos governamentais e judiciais envolvidos. Ações como essas, segundo Girão, refletem a fragilidade das instituições e a urgência de uma mudança no cenário político brasileiro.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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