Ucrânia proíbe Igreja ortodoxa ligada à Rússia em meio a ruptura religiosa e invasão no país






Parlamento da Ucrânia aprova projeto de lei que proíbe Igreja ortodoxa vinculada à Rússia

Parlamento da Ucrânia aprova projeto de lei que proíbe Igreja ortodoxa vinculada à Rússia

O Parlamento da Ucrânia aprovou, nesta terça-feira (20), um projeto de lei que proíbe a Igreja ortodoxa vinculada à Rússia, em um novo passo da ruptura religiosa, social e institucional com Moscou, dois anos e meio após o início da invasão russa no país.

A Igreja afetada por essa decisão era anteriormente a mais popular da Ucrânia, um país com grande maioria ortodoxa. No entanto, perdeu muitos fiéis nos últimos anos, à medida que o sentimento nacionalista ucraniano ganhava força em relação à Rússia.

O processo se acelerou com a criação, em 2018, de uma Igreja ortodoxa ucraniana independente de Moscou e, posteriormente, com o início da invasão russa à Ucrânia em fevereiro de 2022, apoiada abertamente pelo Patriarcado de Moscou.

Essa decisão do parlamento é vista como mais um capítulo na tensa relação entre Ucrânia e Rússia, que têm uma história de conflitos e disputas territoriais. A influência russa na área religiosa tem sido um dos pontos de atrito entre os dois países, e a Ucrânia tem buscado cada vez mais a independência em diversas esferas, incluindo a religiosa.

A proibição da Igreja ortodoxa vinculada à Rússia representa um passo significativo nesse processo de afastamento de Moscou e de fortalecimento da identidade nacional ucraniana. Resta agora aguardar as repercussões e possíveis desdobramentos dessa medida no cenário político e religioso da região.


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