Projeto de lei sobre energia offshore gera debate na Comissão de Infraestrutura com discordância sobre emendas inseridas pela Câmara.




Projeto de Lei sobre aproveitamento de potencial energético offshore gera debate

Projeto de lei sobre o aproveitamento de potencial energético offshore é tema de debate na Comissão de Infraestrutura

Na última terça-feira (20), a Comissão de Infraestrutura (CI) promoveu uma audiência pública para discutir o projeto de lei que visa expandir a produção de energia elétrica por meio do aproveitamento de potencial energético offshore. O PL 576/2021 – Substitutivo, que suscitou discordâncias entre os debatedores, teve como origem o ex-senador Jean Paul Prates e foi aprovado no Senado em agosto de 2022, sendo agora objeto de análise na Câmara dos Deputados.

O senador Weverton (PDT-MA) é o relator do substitutivo, que traz mudanças significativas, como a prorrogação de subsídios para térmicas a carvão mineral e a contratação compulsória de térmicas a gás inflexíveis. A discussão durante a audiência pública abordou o impacto destas emendas e a necessidade de uma visão ampliada sobre o tema.

O senador Marcos Rogério (PL-RO), autor do requerimento para a audiência, destacou a importância de ampliar o debate para além das eólicas offshore. Segundo ele, é fundamental compreender as diversas fontes de energia e seus impactos, levando em consideração a intermitência das fontes hidráulicas no Brasil e a falta de clareza nos números do setor.

Posicionamentos divergentes e preocupações

Durante a audiência, representantes de diversas entidades manifestaram suas preocupações em relação às emendas propostas na Câmara dos Deputados. Marcos Madureira, da Abradee, alertou para um possível aumento de custos para o consumidor, estimado em 11% até 2050. Já Luiz Eduardo Barata Ferreira, da FNCE, ressaltou que as emendas poderão gerar um ônus de mais de R$ 650 bilhões nos próximos 25 anos para os consumidores.

Em contrapartida, defensores das eólicas offshore destacaram o potencial de investimentos e geração de empregos que este tipo de energia pode trazer ao país. Segundo Roberta Cox, do Conselho Global de Energia Eólica, o Brasil possui um mercado promissor para as eólicas offshore, especialmente na região Sul, que apresenta ventos de alta qualidade. Marcelo Cabral, da ABEeólica, enfatizou a importância de estabelecer um marco regulatório para o setor e não perder a oportunidade de impulsionar a indústria nacional.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


Sair da versão mobile