Marçal segue os passos de Bolsonaro na disseminação de fake news para atrair seguidores e encobrir problemas graves aos olhos do público.

O fenômeno do bolsonarismo no cenário político do Brasil não apenas popularizou, mas também aprimorou a estratégia da cortina de fumaça para desviar a atenção de questões reais e substanciais. Essa tática consiste em disseminar informações falsas e sensacionalistas, visando mobilizar seguidores e ocultar problemas internos do próprio grupo. Marçal, candidato com claras inspirações bolsonaristas, segue à risca esse modus operandi criado por Jair Bolsonaro.

Em 2018, presenciamos a disseminação da fake news da “mamadeira de piroca” contra Fernando Haddad. Já em 2024, o alvo é Guilherme Boulos, acusado sem provas de ser um “aspirador de pó”. A diferença fundamental entre esses dois momentos é a audácia de Marçal em desafiar as autoridades eleitorais, ignorando determinações para remover conteúdos falsos de suas plataformas online e repostando-os sem qualquer receio.

Em um contexto onde os brasileiros enfrentam golpes constantes de fraudadores que almejam roubar dinheiro de correntistas, especialmente os mais vulneráveis, é emblemático que um candidato à prefeitura de uma das maiores cidades do continente tenha sido condenado por envolvimento em esquemas semelhantes. Tal fato evidencia que parte da população não busca soluções para os problemas reais, mas sim entretenimento barato e de baixa qualidade.

Dessa forma, o episódio envolvendo Marçal não apenas revela a disseminação de práticas desonestas no cenário político, mas também demonstra a lamentável preferência de uma parcela da sociedade por discursos vazios e enganosos. É imperativo que os eleitores estejam atentos e críticos diante de candidatos que optam por estratégias manipulativas e diversionistas, em detrimento do debate honesto e construtivo para o futuro do país.

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