No meio de uma disputa política, o governante da Venezuela fez duras críticas a Elon Musk e ao X, comparando o proprietário da rede social a um “neofascista” e acusando-o de promover “ataques contra a Venezuela”. Essas declarações, feitas na segunda-feira, levantaram debates sobre liberdade de expressão e acesso à informação no país sul-americano.
Para o jornalista e ativista Melanio Escobar, membro da ONG “Redes Ayudas”, a suspensão do X beneficiaria o governo de Nicolás Maduro, permitindo que ele controle a narrativa e mantenha a população desinformada. Escobar enfatizou a importância das redes sociais na disseminação de informações em meio a um cenário de censura nos meios de comunicação tradicionais e bloqueios de portais críticos.
O presidente Maduro anunciou a suspensão temporária do X, revelando que o órgão regulador das telecomunicações recomendou a medida como definitiva. A decisão afetou não apenas figuras políticas, como María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, mas também empresas estatais e canais de televisão públicos, que migraram para o aplicativo de mensagens Telegram.
O X, que era utilizado até mesmo pelo próprio Maduro, viu seu uso ser reduzido drasticamente desde a polêmica decisão do governo. A mudança para outras plataformas de comunicação reflete a importância das redes sociais como ferramenta de mobilização e informação em um país marcado por controvérsias políticas e restrições à liberdade de expressão.
Com a crescente polarização política, a situação na Venezuela evidencia a relevância das redes sociais como veículo de comunicação e organização. A disputa entre o governo e os críticos do regime de Maduro coloca em xeque não apenas a liberdade de expressão, mas também a própria dinâmica de disseminação de informações no país.
Enquanto a batalha entre as diferentes facções políticas continua, a população venezuelana busca se adaptar às mudanças nas plataformas digitais, em um cenário onde a liberdade de expressão e o acesso à informação estão constantemente em jogo.
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