O SBT enfrenta tempos difíceis com a morte do apresentador Silvio Santos. Sem o respaldo do PanAmericano, banco que faliu devido a fraudes, o grupo está com dificuldades para levantar recursos e financiar novos projetos.
Alguns programas não estão alcançando o retorno esperado, resultando em cortes de gastos e adiamento de estreias, como no caso do programa Eita, Lucas!. A estratégia agora é investir mais na internet, com o lançamento de um aplicativo de streaming gratuito para disponibilizar programas do acervo, principalmente os shows de auditório de Silvio Santos e novelas.
Apesar do potencial impacto positivo da estreia, ainda existem questões técnicas a serem resolvidas para o lançamento do aplicativo. No entanto, o streaming do SBT no YouTube já é a maior audiência da emissora e o grupo planeja explorar essa plataforma com um canal próprio e venda de anúncios.
A publicidade na TV aberta está em declínio, com uma queda nas receitas de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,1 bilhão entre dezembro de 2022 e o final do ano passado. Para compensar, houve cortes de gastos e o aumento do lucro da TV em quase 76%.
O cenário também teve mudanças na gestão, com Fernando Justus Fischer assumindo como CEO e Daniela Beyruti, filha de Silvio Santos, na presidência do conselho de administração. José Roberto Maciel comanda o conselho do Grupo Silvio, que inclui empresas como TeleSena e Jequiti.
Com a morte de Silvio Santos, especula-se sobre possíveis negociações em torno da Jequiti. Apesar de ofertas anteriores abaixo das expectativas, a família Abravanel demonstra resistência em se desfazer do canal. Ratinho, Celso Portioli e empresários também são mencionados como potenciais interessados na compra do SBT.
O SBT e o grupo Silvio Santos optaram por não comentar sobre o assunto até o momento.
Com Diego Felix
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