Início do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania em Salvador busca redução da violência contra jovens negros

Na última segunda-feira (19), um debate promovido pelo Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) Juventude marcou o início das atividades em Salvador. Representantes de organizações comunitárias, acadêmicos e integrantes da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas e Gestão de Ativos participaram do evento, que tinha como objetivo reduzir os índices de violência letal contra adolescentes e jovens negros, prevenir o uso prejudicial de álcool e outras drogas e combater o envolvimento com o crime organizado.

O programa, coordenado pela Senad, foca na proteção social de adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade, buscando estimular a elevação da escolaridade, formação técnico-profissional e inclusão produtiva no mercado de trabalho formal. Inicialmente, o Pronasci Juventude beneficiará 1.500 jovens no Rio de Janeiro e 500 em Salvador, oferecendo uma bolsa-formação de R$ 500 mensais por 12 meses.

As ações do programa estão concentradas em territórios identificados pelos elevados índices de violência letal, com foco na proteção social e na formação profissionalizante. Marta Machado, secretária da Senad, destacou a importância do programa ao afirmar que ele está direcionado para jovens em situação de vulnerabilidade sociorracial.

Além disso, o Pronasci Juventude faz parte do macroprograma Pronasci II, lançado pelo governo federal em março de 2023, que estabelece a cooperação entre União e entes federados em ações de segurança pública. Lívia Casseres, coordenadora-geral de Projetos Especiais Sobre Drogas e Justiça Étnico-Racial do Ministério da Justiça e Segurança Pública, afirmou que o ministério estuda propor a regulamentação legislativa do projeto para transformá-lo em lei, visando criar uma política de Estado perene, sólida e racializada.

Em resumo, o Pronasci Juventude representa uma iniciativa importante para combater a violência e proteger os jovens em situação de vulnerabilidade, buscando oferecer alternativas de desenvolvimento humano e sustentável. Com a iniciação do programa em Salvador e no Rio de Janeiro, a expectativa é que ele se expanda para outras regiões do país, visando alcançar as cidades mais afetadas pela letalidade e vulnerabilidade juvenil.

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